quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Chuva

A chuva em sua magnificência envolve seu melancólico coração.
Ela é como a frenética dança alada do beija-flor
Ao mesmo tempo em que é bela em seu ardor
É efêmera e logo perde-se na memória desse jovem perdido em paixão.

Observa o nada pela janela, em sua monótona existência.
É claro que tem muitas coisas lá fora,
O vazio é ele quem vê, com olhos sem a vivacidade de outrora
Um rapaz sem sonhos ou grandes ambições, sem persistência ou proficiências.

Mas como esse jovem, sem sonhos, pode estar perdido em paixão?
As águas da chuva lavaram seus pensamentos e agora recobrara os sentidos?
Ou os dias melancólicos deixaram de ser sofridos?
Talvez suas milhares de tentativas tenham sido em vão...

Nem mesmo ele sabe a resposta para essa pergunta,
Perdido em meio a tanta loucura.

A chuva já está no fim.
As nuvens dão espaço ao sol,
E o céu cinza é substituído pelo céu carmesim.

A chuva em sua magnificência envolve seu melancólico coração.
Ela é como a frenética dança alada do beija-flor
Ao mesmo tempo em que é bela em seu ardor
É efêmera e logo perde-se na memória desse jovem perdido em paixão.


Esse texto, assim como toda a história, foi criado por Lucas Santos e pertence ao mesmo. Se quiser usá-lo em seu site dê os devidos créditos. 
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sábado, 28 de outubro de 2017

Doki Doki Literature Club-Um jogo bonito e obscuro

Hoje eu trago um assunto um tanto diferente, não é uma história maluca, nem um texto reflexivo ou introspectivo, senhoras e senhores, apresento-vos Doki Doki Literature Club.




Na terça-feira, dia 24 de outubro, eu estava conversando com um dos meus colegas da página do Facebook, Pro Anime Watching, e ele me perguntou se eu já tinha jogado esse joguete, eu respondi que não e ele me disse pra jogar e ficou dizendo "DO IT 4 MONIKA", traduzindo seria faça isso pela Monika.
Como tava de graça na Steam eu pensei "É um jogo de graça, oras, por que não?", além disso eu adoro o gênero do jogo. Eu baixei o jogo no mesmo dia, mas só consegui tempo pra jogar na sexta, dia 27.



O jogo é no estilo Visual Novel, tendo duração de 3 a 4 horas (Isso foi o que eu consegui), eu achei bem curtinho.

Pra você que não sabe Visual Novel é um gênero de jogo bastante comum no Japão que é basicamente um livro interativo (eu gosto de chamar assim). A jogabilidade desse tipo de jogo resume-se apenas a clicar para avançar o texto, acompanhado de gráficos e uma trilha sonora referente ao que está acontecendo.
O fluir da história depende, geralmente, do jogador. Como esses jogos costumam ter mais de um final as escolhas do jogador são de extrema importância.

 Fate/Stay Night, provavelmente a mais famosa obra da Type-Moon, é um exemplo de visual novel.
Eu adoro esse jogo e amo do fundo do meu coração.

_Shirou must to die_
Tsukihime, uma obra também da Type-Moon.
Tenho vontade, mas nunca joguei.









Agora, voltemos a focar no Doki Doki Literature Club ;^)





Você está na pele de um rapaz do ensino médio que gosta de Animes, Mangás e jogos de videogame, sem interesse algum em entrar num clube da escola...



Antes de falar da minha jogatina eu preciso apresentar as personagens.

Personagens

Sayori


Sayori é uma garota energética e despreocupada.  
Sayori é conhecida de infância e a melhor amiga do protagonista. Ela tem um jeito atrapalhado e é bem impulsiva.
Seu espírito alegre é o que traz uma certa vida ao clube de literatura.
















Natsuki

Natsuki é uma Tsundere :^/
 Natsuki é uma garota baixinha com que bastante gosta de cozinhar.
Ela é um tanto apática a princípio mas vai ficando mais amigável (na rota dela)


















Yuri


Yuri é uma garota tímida que adora ler
Yuri é uma garota que não tem o costume de socializar, ela prefere ficar no mundo que seus livros a levam.







Monika

Monika é...
Monika é a presidente do clube e conhecida do protagonista. 



























Jogatina

A partir desse momento, spoilers da história estarão presentes.

Eu comecei o jogo e a primeira coisa dita foi:  "Este jogo não é adequado para crianças
ou para pessoas que são facilmente perturbadas.
"
Aí eu pensei: "Pronto! Alguém vai se matar."

O jogo começou de verdade e o protagonista tava andando comentando sobre algo irrelevante. Sayori, que também é vizinha dele, aparece e eles continuam o caminho até a escola, nesse meio tempo ela pergunta novamente sobre ele entrar em algum clube.
Quando a aula termina, Sayori aparece na sala do protagonista e leva ele até a sala do clube, o protagonista só vai porque tem cupcake :^)

Lá ele é apresentado às integrantes do clube, Natsuki e Yuri. Aí elas falam algumas coisas e depois a Monika, presidente do clube, tem a ideia de todos compartilharem seus poemas.
Aí você começa a escolher umas palavras soltas pra fazer um poema, pra alguém.

Nessa minha primeira jogatina eu fui pela rota da Sayori.

Não vou ficar detalhando tudo porque eu quero chegar em outro ponto antes de falar do passado das personagens etc.

A Sayori é bem enérgica e isso é algo marcante nela, porém, em certo momento do jogo, ela começa a agir de maneira diferente. Chegando próximo ao festival escolar ela fica mais quieta e o protagonista nota isso.
Quando ele pergunta o que está acontecendo ela age de maneira evasiva e não responde.
Dependendo da sua escolha, ou a Natsuki ou a Yuri vão para a casa do protagonista fazer as preparações para o festival. Eu escolhi, primeiro, a Yuri.

Antes da convidada chegar, o protagonista passa na casa da Sayori pra ver como ela está e lá você acaba descobrindo o problema dela.
Sayori sofre de depessão. De acordo com ela isso vem de muito cedo, ela indaga o protagonista:
"Por que você acha que eu me atraso todos os dias?"
E responde logo em seguida:
"Eu fico pensando se há realmente um porquê para levantar."

O motivo da depressão... bem... Ela diz que é porque se preocupam demais com ela, mais especificamente, que é querida demais, acha que é um fardo principalmente para o protagonista, que toma conta dela desde que eram crianças.

Depois da visita da convidada, Sayori vem falar com o protagonista e "declara" seu amor.

Aqui que as coisa começam a ficar sombrias.

Existem duas opções nessa situação:
"Eu te amo, Sayori!" e "Você é minha amiga mais querida!"

Ambas levam ao mesmo fim, na verdade, não tem como escapar desse fim.
De uma forma ou de outra, Sayori comete suicídio no dia seguinte, ela se enforca. __Sabia que alguém ia se matar
Se você disser que a ama ela se mata por você se preocupar demais com ela; se colocar ela na friendzone ela se mata de desgosto.

Numa outra quebra da quarta parede (o jogo faz isso antes com a Monika te lembrando de salvar), o quarto de Sayori é substituído por uma tela de erro e depois, em mais uma dessas quebras da quarta parede, enquanto lamenta a morte da pessoa mais importante para ele, o protagonista comenta: "Isso não é um jogo! Eu não posso simplesmente carregar um 'save' anterior!"

Nesse momento eu tinha uma ideia do quê estava por vir e pensei: "Esse jogo não vai fazer isso comigo!"

Com Sayori morta eu voltei para  o menu principal e ele tava estranho, a Sayori tinha sumido e no lugar, uns pedaços das outras três.


PS: A imagem tá em japonês porque eu esqueci de printar :3

Onde antes tinha o "New game" estava... alguma coisa, um monte de caracteres aleatórios. Eu tentei dar 'Load' no jogo e uma caixa de texto abriu e disse: "O arquivo Sayori.CHR não foi encontrado, iniciando um novo jogo"
Nesse momento eu tava bem curioso e continuei jogando. No começo quando a Sayori aparece indo pra escola com o protagonista, o nome dela não é mostrado pelo jogo quando o protagonista comenta sobre ela estar vindo e ela e suas falas estão todas bugadas.
Quem te chama para o clube é a Monika e as coisas ficam meio estranhas lá.

Eu não lembro quando exatamente então vou dizer logo, você tem uma conversa com a Natsuki e ela faz umas coisas meio estranhas... Seus olhos ficam pretos e ela começa a chorar sangue, então abre um sorriso de psicopata e vira sua cabeça 90 graus para a esquerda no maior estilo Betelgeuse. Eu fiz toda a jogatina 2 vezes mas essa cena só aconteceu em uma delas.

Continuando... No segundo dia uma rola discussão entre Natsuki e Yuri que também tinha na parte "de boa" do jogo só que dessa vez a Natsuki vai longe demais e chama a Yuri de "Edgy bitch" que seria algo como... Cadela nervosa? Bom a Yuri retruca que o estilo de vida dela não tem nada a ver com aquilo o que me faz pensar que a Natsuki usou um duplo sentido com a palavra edgy que pode significar, além de nervosa, lâmina, já que supostamente a Yuri se corta :^|

Prosseguindo. No dia seguinte a Natsuki não lembra de nada do que aconteceu e, além disso, Yuri está estranha, muito mais próxima de você.
Quando você vai procurá-la em você escuta no corredor da escola alguém gritando (certeza que era gemendo) e vai investigar. Lá ele vê a Yuri com os braços cortados. A cena não dura 1 segundo e corta para os dois dentro da sala.
Em algumas das cenas os olhos da Yuri mudam bastante e ficam semelhantes aos de uma psicopata.

Enfim, dessa vez dá pra escolher a Monika pra fazer o trabalho do festival e quando você o faz as outras duas ficam muito irritadas. No fim do dia você fica sozinho na sala com a Yuri, que está completamente obcecada com você.
Ela se declara e pergunta se o protagonista sente o mesmo, independente da resposta ela acaba se matando.
Passado o fim de semana quando Natsuki chega ela fica aterrorizada e vomita um pouco antes de sair correndo.

Monika chega na maior tranquilidade e fica de boa com toda a situação. Depois abre uma caixa de comando e deleta as outras duas personagens.

Bom, depois ela te explica tudo e fica "pra sempre" no seu jogo.







Uma coisa engraçada:
(Na parte em que a Sayori não existe)Quando a Natsuki reclama da Monika ter mexido nos Mangás dela ela fala isso:
"Fuckin Monikammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm"

terça-feira, 10 de outubro de 2017

O Juramento

Na noite mais sombria, nós seremos a luz em meio à toda escuridão.

E quando o medo estiver alojado nos corações daqueles que estão em meio ao caos,
nós seremos a esperança daqueles que deixaram de acreditar.

O desespero dos desamparados e a determinação dos sonhadores
nos levam além.

A chama em nossos peitos não há de se apagar independente da força da tempestade.

Continuaremos, incansáveis, em nossa busca por justiça do crepúsculo a alvorada.


Esse texto, assim como toda a história, foi criado por Lucas Santos e pertence ao mesmo. Se quiser usá-lo em seu site dê os devidos créditos. 
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sexta-feira, 30 de junho de 2017

O Romper do Amanhecer: O Início do Fim - Prólogo


Prefácio

E quando tudo estiver imerso em caos e desespero, nós seremos a esperança daqueles que deixaram de acreditar. Seremos a luz para aqueles que deixaram de enxergar em meio a toda essa escuridão.

Num mundo que vive no desequilíbrio de forças onde qualquer inconsistência pode causar catástrofes, covardes estão no comando. O custo de poucas vidas para salvar muitas é, de fato, algo sensato, não segue a troca equivalente de magos e alquimistas, mas, ainda assim, consegue ser aceita por ambos.
As pessoas acreditam que para seguir em frente, são necessários sacrifícios, pensando dessa forma, estão seguindo sua natureza, seus instintos e, mesmo assim, elas não estão erradas.  Agir impulsivamente pode ser algo imprudente, mas aqueles que o dizem, também agem conforme a natureza humana, agem, de certa forma, instintivamente. Não estão sendo hipócritas ou algo mais, estão apenas subconscientemente seguindo o que está inscrito em seu âmago.
Em situações de aperto, os seres humanos cedem, deixando sua guarda baixa, assim, permitindo com que seu lado emocional fale mais alto. Com uma vida tão curta, ainda insistimos em desperdiçar momentos importantes, descartar aqueles próximos a nós e depois de cada erro cometido, depois de cada oportunidade perdida, o arrependimento vem a tona.
Erros cometidos não serão desfeitos, o passado não pode ser mudado, ainda assim, insistimos em remoer o que já foi selado pelo tempo, imaginando formas e mais formas de ter feito determinada coisa. Nossos devaneios nos levam às situações mais diversas, desde coisas as quais nos arrependemos, até nossos planos para o que virá adiante. Nos levam também para os mais remotos cantos da imaginação, a fantasia e a ficção.

Essa história não é algo que escrevi enquanto refletia sobre o comportamento— Natureza— humano, apenas tive vontade de criá-la. Na verdade, esse prefácio melancólico me veio a mente pensando em alguns acontecimentos na vida dos personagens. Cheguei a conclusão de que deveria desenvolver melhor o Background de cada um deles para envolver o leitor.
Acompanhe as aventuras de Marcos num vasto novo mundo! Sem mais enrolação, espero que goste de ler “O romper do Amanhecer” assim como eu gostei de escrevê-lo.
=D







Ø


O Início





“Já se perguntou o porquê das coisas? Provavelmente já, somos curiosos por natureza, afinal. De vez em quando eu me pego pensando em coisas assim, é como uma crise existencial.




Outras vezes, entretanto, eu me lembro de acontecimentos passados e começo a pensar como seria se algo tivesse acontecido de forma diferente, tipo arrependimento. ‘O que aconteceria se eu não tivesse dito aquilo?’, ‘Talvez fosse diferente se eu tivesse feito aquilo.’, coisas assim passam pela minha cabeça frequentemente enquanto estou sozinho.




Nesses momentos, algumas lembranças voltam para me atormentar. Não é como se eu estivesse traumatizado ou algo assim, lá atrás eu consegui lidar muito bem com isso, porém, há algumas semanas eu comecei a rever as imagens daquele dia e quanto mais o tempo passa, mais realistas as lembranças se tornam, como se eu estivesse revivendo aquele pesadelo.Eu acredito que existe um motivo para eu estar vendo essas cenas na minha cabeça, embora não consiga pensar em um.”







7 de Janeiro de 2017, Caxias-RS





A natureza estava soltando sua fúria na região, a tempestade estava forte o vento fazia com que galhos quebrassem das árvores e alguns objetos soltos fossem levados. Se a ventania não levava algo, a água o fazia. A enxurrada trazia consigo coisas maiores, como bicicletas e motocicletas.

As gotas caindo juntamente ao vento faziam uma caótica apresentação e, dentro de casa, o jovem Marcos observava calmamente a natureza agir. Seus olhos castanhos brilhavam ao observar esse espetáculo enquanto segurava uma caneca de café.

Ele riu com o pensamento de que seu amigo Lian, que se arriscava demais, poderia estar se divertindo em meio a tamanho temporal. Lian era um conhecido de escola. Quando Marcos começou o ensino médio, sentavam-se lado a lado e começaram a conversar, assim eles se tornaram amigos. Lian era de descendência alemã e tinha albinismo, um caso um tanto quanto extremo que deixava até mesmo seus olhos sem coloração, fazendo com que ficassem vermelhos* .




A ideia o divertia e ainda assim, parecia-lhe improvável que o mais louco de seus conhecidos se atrevesse a desafiar aquela tempestade. Enquanto o soprar do vento construía uma sinfonia desordenada, Marcos perdeu-se em pensamentos novamente e começou a sonhar acordado.

Há algum tempo, um estranho “Sonho” do passado começara a assolar Marcos. A visão era a mesma de sempre, ele estava no chão, em baixo de sua cama e duas pessoas conversavam no quarto. Enquanto no sonho, as palavras eram ininteligíveis, ele conseguia lembrar do que fora dito aquele dia.

Um barulho diferente quebrou a caótica sinfonia da tempestade tirando Marcos de seu transe. Ele se focou no lado de fora e, num único instante, ele foi capaz de ver um brilho vermelho inconfundível. Lian havia de fato saído naquele temporal, fazendo Marcos rir um pouco.

Hesitante porém curioso, Marcos pegou seu casaco cinza e decidiu checar o que Lian estava fazendo. Estava tudo bem, ele queria dar uma rápida espiada e voltar para casa logo em seguida, ao menos, era o que ele pensava.

No momento em que saiu de casa, para o quintal, sentiu a força da tempestade. A velocidade do vento, a princípio, fazia com que cambaleasse bastante, lembrando um bêbado. Depois de firmar os pés no chão ele seguiu até o portão, com dificuldade.

Ele saiu para a rua e percebeu que a água estava chegando na calçada. Surpreso ele cogitou voltar, porém esse pensamento foi rapidamente substituído por outro: “Eu já estou aqui fora mesmo.”

Enquanto andava, tomando cuidado para não cair com a implacável combinação da ventania com a enxurrada, percebeu uma luz azul e logo em seguida barulho de algo quebrando, era agudo parecendo vidro. Aumentando a velocidade, ele seguiu até a origem do som.

Quando dobrou a esquina deparou-se com Lian e duas garotas desconhecidas, não estavam tão próximos para percebê-lo bisbilhotando. De pronto, uma das garotas chamou sua atenção, era ruiva, seus longos cabelos balançavam com o vento como uma chama que custava a se apagar no meio da tempestade.

A outra era uma garotinha, uma criança talvez. Seus cabelos prateados não se destacavam no cenário cinza em que estavam, porém eram incomuns, pode-se dizer que eram únicos. Ela deveria ser a irmã mais nova de quem Lian falava algumas vezes.

O clima mudou naquele local, o vento havia parado por completo subitamente, a água foi gradativamente deixando de cair até que tudo ficasse em total silêncio. Perdido em pensamentos, Marcos demorou para perceber as mudanças e quando o fez, não compreendeu o que estava acontecendo:



— Estão aqui! — Lian disse




Nem meio segundo depois disso cerca de 60 demônios apareceram cercando os três. Eram pequenas criaturas, cerca de noventa centímetros de altura, de forma humanoide, tinham pequenas asas, nas costas, que lembravam as de um morcego e seus olhos brilhavam num amarelo assemelhando-se ao topázio* .

Um círculo mágico de cor vermelha apareceu no chão e num instante estavam todos num lugar diferente. Um terreno árido, era apenas terra até onde os olhos alcançavam e o céu era alaranjado, não como o pôr do sol, entretanto; era mais como ferrugem.

Marcos já não estava mais escondido, aquele lugar não tinha nada para servir de cobertura, porém, ninguém percebeu que estava ali.

Os demônios avançaram, todos de uma vez, rapidamente. A garotinha levantou seu braço e a investida foi parada por espinhos de gelo, dezoito demônios sumiram com isso. Após um segundo, eles retomaram o ataque, ainda muito longe dos três, Lian colocou a mão no chão e um redemoinho de fogo se formou onde os demônios estavam, quando o fogo abaixou apenas três estavam vivos. A garota ruiva velozmente pulou em direção a eles e, num único chute, matou os três.

Após isso ela correu em direção Marcos, que ainda estava perplexo com o que acabara de presenciar. Em alguns segundos a garota estava a dois metros de distância olhando sem qualquer expressão diretamente para os olhos de Marcos. Emanava uma aura hostil, e estava analisando uma potencial vítima.

Marcos a observava com medo e, ao mesmo tempo, fascínio. Agora, de perto, a garota parecia ainda mais bonita, seus olhos tinham um azul profundo que o hipnotizavam:




— Aurora, ele não é um inimigo! — Lian gritou




A garota, Aurora, sorriu para Marcos e recuou para perto de Lian, que se aproximava junto à garotinha. Era muito parecida com Lian, cabelos e pele claros, porém, diferente dele, seus olhos eram violeta:




— E aí. — Lian o saudou acenando




A normalidade com que ele falava surpreendeu Marcos, que ficou em silêncio enquanto fitava os três:




— Eu gostaria que não olhasse tanto, por favor. — Aurora disse, brincando




A garotinha ficou atrás de Lian, escondendo-se da visão de Marcos. Lian riu com a situação e começou a falar:




— Bem, bem. Onde estão os meus modos? Deixe-me apresentá-los. Primeiramente, esse é Marcos, um amigo meu.

— Olá… — Marcos respondeu timidamente

— E essas são Julie, minha irmã, e Aurora.

— Oi! — Aurora disse animadamente

— Hallo. — Julie disse, saindo de trás de Lian — Isso de antes foi só uma piada.



Marcos ainda estava perplexo e mal conseguia juntar as palavras para falar alguma coisa. Achando graça da situação, Lian começou a explicar:




— Bom… Não é como se você pudesse desver isso. Então, permita-me explicar… Hmm… Aqueles eram demônios e essas coisas maneiras tipo aquele pilar de fogo incrível eram magia.




Marcos parecia mais surpreso com o fato de ter visto tudo aquilo do que de descobrir o que eram:




— Você tem que vir com a gente. — Aurora disse animadamente




Lian levou a mão ao rosto em descontentamento, ele suspirou:




— Aurora… Não tão direta assim…

— O que quer dizer? — Marcos finalmente abriu a boca

— Como você já sabe disso, precisa vir conosco. — Aurora falou gesticulando alegremente

— Isso… Você tem de vir com a gente para… se juntar a nós.

— Vocês saem pegando gente aleatória pra entrar nesse grupinho de vocês?

— Você não é alguém aleatório, Mi—digo, Marcos. — Julie disse — Você entrou conosco nessa… Redoma.

— Isso me lembra… Não era pra ter sumido? — Aurora perguntou — Derrotamos os demônios.

— Significa que o dono ainda está vivo… oh droga! — Lian resmungou — Acho que estamos lidando com alguém do alto escalão… Ahem! Então, Marcos, o que me diz?

— Não parece que eu tenho muita escolha…

— Que bom que percebeu. — Julie disse com um sorriso sarcástico

— Claro… Mas como sairemos daqui? — Aurora perguntou

— Com um dos portais. — Lian disse




Com isso dito Lian estalou os dedos e um portal dourado elíptico apareceu atrás dele. Ele começou a andar em direção ao portal e as garotas o seguiram. Hesitante porém curioso, Marcos os seguiu.


* Isso acontece pois, sem a melanina, a luz reflete diretamente o sangue.


* O Topázio é um mineral classificado como pedra preciosa. Quando puro é transparente, mas, em geral, matizado por impurezas; em termos de cor o topázio típico apresenta-se cor de vinho ou amarelo-claro.
 Fim desta parte :)
Esse texto, assim como toda a história, foi criado por Lucas Santos e pertence ao mesmo. Se quiser usá-lo em seu site dê os devidos créditos. 
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 "Se até o maior dos exércitos caiu, por que o mais frio dos corações não há de descongelar?"

O Romper do Amanhecer: O Início do fim (Sinópse)

O Romper do Amanhecer: O Início do fim

 

Eu comecei a escrever isso em meados de 2016 (Eu acho), porém, não tem muita coisa, então, depois de chegar até onde eu escrevi, as postagens ficarão bem mais lentas. Sou bem preguiçoso

Sinopse

 

Um jovem gaúcho, Marcos, acaba se envolvendo numa luta entre algumas pessoas e demônios e é levado para um estranho lugar, para ser introduzido ao mundo da magia.

Uma década depois a desestabilização dimensional causada pela Revolta Celeste começou a ser sentida e os submundanos começaram a agir para seu domínio interdimensional.


Basicamente é isso :P
Daqui a pouco eu posto a primeira parte :/

"A decisão é sua: Fugir da batalha ou lutar!"

Olá!

Saudações

Olá a todos, fiz esse coiso aqui porque eu quis. Vou estar postando algumas coisas que eu escrevo. Comentários são bem vindos! :) 

"Um homem sem medo não pode ser sábio"